1.1 O QUE É O "MUSEU VIRTUAL DO HONORATO"?

A proposta é ter um espaço on-line de conexão entre o presente, o futuro e o passado da Ilha de Mosqueiro, um museu escolar que dialogue com possibilidades de ensino, pesquisa e publicização, em especial no que tange à História de Mosqueiro e de seus bens culturais.  A iniciativa nasceu do projeto de pesquisa do professor Daniel Tavares, doutorando, que junto com os discentes do colégio, investigaram a história da Bucólica a partir de seu patrimônio cultural.

A experimentação, nascida das vivências acadêmicas, do chão da escola e dos espaços de memória ilhéus, realiza um passeio pelas influências indígenas, negras, mestiças e europeias deixadas aqui, em nossa Amazônia Mosqueirense.

Ficam os agradecimentos a todos os envolvidos com as ações do projeto, principalmente, o muito obrigado é endereçado às turmas envolvidas: 301 da manhã, 301 da tarde e 301 da noite, todos terceiros anos do Ensino Médio.

* As imagens acima e o texto ao lado foram retirados do artigo:

MIRANDA, Aristoteles Guilliod de; ABREU JÚNIOR, José Maria de Castro. Doutores polivalentes: as histórias dos primeiros médicos formados pela faculdade de medicina e cirurgia do Pará. Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Pará (IHGP), (ISSN: 2359-0831 - on line), Belém, v. 09, n. 01, p. 24 – 44, jan.-jun. / 2022.

Disponível em: https://ihgp.net.br/revistaojs/index.php/revihgp/article/view/21.

Pesquisado em: 22/11/2024.

1.2 HONORATO REMÍGIO DE CASTRO FILGUEIRAS

*** "Erroneamente informado em um dos poucos textos que falam nesses primeiros alunos, como "transferido da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1922, matriculando-se com a turma que nesse ano cursava o quarto ano" (LEITÃO, 1985, p.28). Honorato Remigio de Castro Filgueiras era cearense, filho de Honorato Remigio de Maria e Maria Childerica de Castro Filgueiras, nascido em 9 de fevereiro de 1876.

Iniciou seus estudos superiores na Faculdade de Medicina da Bahia, em 1895, cursando concomitantemente, Farmácia e Medicina. Em 1897 transferiu-se para a Faculdade Nacional de Medicina, no Rio de Janeiro, graduando-se em Farmácia em 189914, não concluindo o curso de medicina naquela ocasião (CEDEM,1910).

Após ter trabalhado como farmacêutico adjunto do Exército (EXÉRCITO, 1904), provavelmente atraído pela economia da borracha, como tantos outros, transferiu-se para Belém, onde passou a exercer a profissão de farmacêutico, tendo atuado, também, no Serviço Sanitário do Estado (ALMANAQUELAEMERT, 1915).

Mais tarde, em 1911, graduou-se em Direito passando a exercer a profissão de advogado. Tornou-se mais conhecido como professor de Português, tendo lecionado no Colégio Progresso Paraense, na Escola Normal (atual IEP) e no Ginásio Paes de Carvalho, no qual chegou à catedrático da referida disciplina.

Sua importância como professor de Português pode ser medida pelo fato de o Centro Cívico do mencionado colégio levar o seu nome (REGO, 2002), sendo mais lembrado como professor do que como advogado ou médico. Acredita-se que tenha requerido sua inclusão com aluno na Faculdade de Medicina e Cirurgia do Pará, em 1922, a fim de concluir seu curso, daí a confusão inicial (Figura 7).

Honorato Filgueiras defendeu sua tese, versando sobre "Docimasia Pulmonar", em 16 de abril de 1925 (NOVOS,1925, p. 1). Honorato Filgueiras teve, ainda, atividade política exercendo o cargo de deputado estadual, além de pertencer, também, ao Instituto Histórico e Geográfico do Pará. Faleceu em 3 de novembro de 1941."